quinta-feira, 25 de março de 2010

Save me from myself - Christina Aguilera




It's not so easy loving me, it gets so complicated
All the things you've gotta be
Everything's changin, but you're the truth
I'm amazed by all your patience
Everything I put you through

When I'm about to fall
Somehow you're always waitin
with your open arms to catch me
You're gonna save me from myself, from myself, yes
You're gonna save me from myself

My love is tainted by your touch
Cuz some guys have shown me aces
But you've got that royal flush
I know it's crazy everyday
Well tomorrow maybe shaky
But you never turn away

Don't ask me why I'm cryin
Cuz when I start to crumble
You know how to keep me smilin'
You always save me from myself, from myself, myself
You're gonna save me from myself

I know it's hard, it's hard
But you've broken all my walls
You've been my strength, so strong
And don't ask me why I love you
It's obvious your tenderness
Is what I need to make me a better woman to myself, to myself, myself
You're gonna save me from myself

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Tico-teco.

Mesmo hoje, aquele sorriso bobo continua estampado naquele rosto lindo. Já não há mais o brilho alegre dos olhos azuis. Agora há um desespero que se mostra de dentro, como quem quer dizer e fazer e não consegue.
Justo ela, que sempre ajudou tudo e a todos. Enfermeira. As crianças cujas mães ou pais estavam internados ficavam em sua casa, assim como aqueles que vinham do interior para visitar parentes internados e não tinham onde ficar. Doava tudo para todos. Mas acima de comida, roupas, sangue, ela doava amor. Doava carinho. Se doava.
A igreja de quarta feira pela manhã já não faz mais sentido, só faz as lágrimas saírem dos olhos de minha mãe. Comer batata doce não tem graça, agora não é ela quem faz. Amendoim doce na páscoa, com ovinhos pintados à mão? Ninguém faz igual.
Quem mais ia me agüentar todos os dias depois da escola, me recebendo, criança chatinha, sempre de braços abertos, com comida prontinha, seguida de pipoca e Cruj? Quem vai convencer meu avô a descer do carro, ir até a cantina e pedir a pizza com quatro calabresas ao invés de duas, só porque sua netinha adora?
A paciência de me ensinar a fazer crochê, só ela tinha. Mais do que avó, realmente uma segunda mãe, desde o dia em que eu nasci. Cuidar da horta, colher morangos, cortar a cana de açúcar e me deixar ficar mordendo. Só ela.
Naquela cama ali parada, com olhar de quem pede socorro, de quem luta. A mente parece intacta, fora pelas alucinações da doença. Mas o corpo apodrece aos poucos , já não responde mais.
O que é vida, presa à uma cama? O que é intimidade, se não se consegue nem tomar banho sozinha? O que é amor, se seu marido já não entende que suas alucinações são culpa da doença?
A maior alegria dela é nos ver. Mas é difícil ir lá e ter que segurar o choro, fingir que está tudo bem, pra não passar tristeza para ela. A filinha da empregada, que ela tanto adorava, sô fazia ela rir, agora foi embora. Ela passa o dia esperando chegar a noite, pra ter a visita da filha. Implora pelos finais de semana, para ter a visita dos netos.
E quando as coisas parecem se acalmar, os pontos começam a abrir. Já não se sabe o que fazer. Com cirurgia o risco de morte é quase total, sem cirurgia já não se sabe quanto tempo demora pra não ter mais volta.
E assim a minha mãe morre por dentro. Eu morro por dentro.

Como se não bastasse, doença no útero e no coração. Não da minha avó. Da minha mãe.

E o medo não vai embora. ...

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segunda-feira, 1 de março de 2010

Querer

Quero teu abraço aquecendo o meu sono, seu olhar repousando sobre o meu. Quero te achar quando eu me perder, e quero que você me ache também. Quero poder enxergar através dos seus olhos, quero confiança, quero calor. Quero te desconhecer por um momento, que cada olhar pareça o primeiro, quero desvendar o que existe atrás dos seus mistérios, das suas paredes, quero que você entenda o que eu quero dizer. Quero cuidar de você como quem cuida de um tesouro. Quero que você seja o meu melhor achado. Quero te desejar mais, quero te ter quando a luz se apagar. Quero não ter que diferenciar as coisas, quero que você me traga simplicidade, quero andar sempre na sua estrada. Quero que nossos passos se confundam, que nossas idéias se acompanhem. Quero te conhecer e te querer o tempo todo, quero perder o ar, perder o chão, perder a fala. Quero desaprender a viver sem a sua luz, quero depender das nossas certezas e quero que as barreiras não existam. Quero dividir forças, lágrimas, sorrisos, beijos e conversas. Quero que você me prove que nem tudo passa, quero descobrir que não existem cicatrizes com você. Quero evitar despedidas, quero ser teu sorriso mascarado. Quero que nossos caminhos de felicidade se cruzem, quero me afogar na importância de cada risada.

Quero que meus “queros” nos possuam e nos guiem pra um lugar onde nós tenhamos tudo. Quero gritar que você me completa, quero que você me aconselhe, quero te pedir pra nunca ir embora. Quero o reflexo da sua alma dentro dos meus olhos, quero o brilho dos seus gestos. Quero que o teu beijo me seja sempre doce. Quero surtar com a sua falta e me deleitar com sua presença. Quero inserir você no meu contexto de felicidade, quero te dar o mundo, o carinho, o conforto, a sua vontade. Quero te mostrar a vida ao meu lado.

O que eu quero me basta, e o que eu quero é você!

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